quarta-feira, 29 de junho de 2011

O dia que eu parei o mundo e desci.

Um dia cansei, acordei e resolvi abrir os olhos. Não os olhos que piscam e vêem o óbvio, indignados com a política, com a violência, com o Faustão que emagreceu mas continua brega ou com a lipo perdida do Ronaldo. Mas aqueles que vêem o que não da pra ver, sentem o que mal da para perceber, e fazem a gente viver.

Um dia falei tchau para tudo o que não gostava. Fim, the end, adios. Chega de me importar com o que não era importante. Chega de me incomodar com o mundial que o Inter perdeu, se estou na moda ou parecendo a Baby Consuelo ou se alguém vai me criticar por ouvir alto Britney Spears. Chega. Parei o mundo e desci.

E quando eu desci, vi um monte de coisas que estavam tão “na cara”, mas eu fazia questão de não ver.

Entendi que não tinha mais que tentar ser perfeita, melhor ou qualquer coisa do tipo. Eu já era perfeita, precisava só reconhecer isso e fazer manifestar.

Vi que o legal para os outros nem sempre era o legal para mim, e que não era porque outras pessoas diziam ser o melhor que eu deveria tomar como verdade, aceitar e fazer (sem antes refletir).

Estava na cara que se o meu mundo não era como eu queria, não era ele que tinha que mudar, mas a minha atitude mental com relação ao mundo, porque afinal, ele era a materialização do que eu acreditava.

Enxerguei as minhas críticas com relação aos outros como reflexo do que eu guardava dentro de mim, e que se o outro era chato, burro ou um animal de tetas, era hora de olhar para dentro e ver o que de fato eu andava pensando e sentindo, o que estava omitindo por trás desses “olhares fatais”, porque afinal de contas: “só vê o belo quem o tem dentro de si”.

Parei de me desesperar com as coisas.

Ouvi dizer que os mergulhadores profissionais fazem o mínimo de movimentos bruscos para não levantar areia, pois quando isso acontece, tudo aquilo que viam tão claramente fica turvo, difícil de enxergar, e que isso é comparável às nossas idéias. Quanto mais calma e tranqüila a mente, mais clara a solução aparece.

Vendo o que não pode ser visto, aprendi que a melhor coisa no homem é poder moldar o destino de acordo com os seus sonhos, e que isso não é difícil, basta fazer manifestar.

E não venha me dizer: “Ai claro né? É só ter dinheiro”. Alou Cristina, esse “fazer manifestar” não é ter dinheiro. Aliás, dinheiro é conseqüência (coisa todo mundo fala, mas pouca gente entende de verdade o que isso significa).

Fazer manifestar é reconhecer que tudo de melhor já me foi dado. É ter a certeza que as coisas vão dar certo, planejar o caminho, e ir em frente, porque as minhas obras não sou eu que realizo.

No dia que entendi que pouco importa o caminho que uso (se souber que onde quero chegar só fará o bem aos outros), vi cores, vi paz, vi felicidade e ri. Ri de tudo aquilo que antes eu não via, porque tinha me debatido no tempo e levantado a areia da incompreensão.

Quando meu mundo ainda girava descontroladamente, eu meditei.

Foi nesse dia que eu parei o mundo, e desci.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Emprego novo.

Sabe quando você começa a trabalhar em uma empresa nova, e seu chefe te da mil tarefas de uma vez e você enlouquece: acha que não vai conseguir terminar tudo, começa a ranhetar, reclama que é muita coisa, que seu chefe é louco, que o café ta frio, que o banheiro fede, que a maria peida, que ninguém te ajuda, que o São Paulo perdeu a semi-final da libertadores, e que ta tudo errado.. mas aí quando chega no final do dia, você percebe que conseguiu fazer tudo. Isso mesmo, TUDO. E seu chefe chega, abre aquele sorriso e fala: parabéns! E você pensa nessa hora: puxa, QUE MASSA.

Vai pra casa gratificado, reconhecido, sorrindo e cantarolando. É aquela sensação de prazer, de dever cumprido, que nem todo dinheiro do mundo pode pagar, e você sente que nada no mundo pode te derrubar, porque naquele momento, você REALMENTE está feliz? Daí você pensa: amanhã eu vou fazer ainda melhor!

Hoje (como tantas vezes) me perguntaram por que eu vivo me metendo nessas coisas sociais, trabalhando de graça, correndo pra lá e pra cá. Deixando de “aproveitar a vida” fazendo trabalho voluntário.

É que sabe essa sensação aí de cima? Pois é, eu sinto todo dia!

A diferença é meu emprego não é novo, meu chefe não é louco e eu não reclamo tanto assim..

Aliás, é tão bom trabalhar pra ele, que eu trabalharia de graça se ele deixasse. Mas ele não deixa. Ele paga todo dia, o tempo todo. Inclusive as horas extras... com gratidão.

E essa, acredite meu amigo, é a melhor recompensa que existe!

É por isso que eu trabalho tanto.. sorrindo!

Tenho dito.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Gisele Reis e seus amigos imaginários.


Desde criança, tenho o hábito de conversar sozinha. Não conversar em silêncio, CONVERSAR mesmo: brigar, elogiar, discutir e inclusive ficar de mal… comigo.

O que era um problema. Já era gordinha feito leitoa, estabanada como elefante e tão desengonçada quanto o Sid (Filme - A Era do Gelo, para os menos informados). Falar sozinha era a certeza da existência do capeta em forma de guri (ou guria).

Oras, tão verdade é isso, que tem dias em que me olho no espelho, e dou em cima de mim. Outros em que olho o espelho, viro para o lado e falo: mel dels, que baranga essa guria, tira ela daqui, AGORA.

Daí um dia eu descobri que esses personagens não eram amigos imaginários. Ou eram, que seja. De qualquer maneira, é fato que são algumas diferentes personalidades. Por exemplo:

Tenho uma gisele que é a preguiça em pessoa. Reclamona, cansada, sossegada. Não dou muita atenção para ela, já que ela atrapalha meu dia pra caramba. Mas ela é argumentativa, me dá inúmeras razões para não querer levantar para ir meditar, não querer trabalhar, não querer estudar, nada. Ela diz: sua tonta, carola, jah foi na seicho ontem, para com essa "bichisse" de meditação e dorme. Que trabalhar o que menina, você jah tem seus clientes, um dia a mais ou a menos nao faz diferença, DORME. Estudar pra que? um dia vc morre e os vermes vão comer seu cérebro.(Acredite, ela apela e as vezes ela quase me convence).

Tenho outra gisele que é empolgada. Essa acorda com a corda toda, quer fazer tudo ao mesmo tempo: trabalhar, estudar, nadar, correr, tomar sorvete, brincar no parquinho e rolar com o cachorro. Ela não pensa, só faz (ela e a preguiça brigam o tempo todo). Mas ela é tão empolgada, que me dá crises de ansiedade, já que não da pra fazer tudo ao mesmo tempo, então tenho que podar ela sempre.

Aí tem outra que é ponderada e racional. E mandona, CLARO, já que é a única que consegue colocar as outras duas no eixo. Essa pensa um pouco mais, reflete sobre o que é melhor e tenta se sobressair todas as vezes (obviamente, uma TENTATIVA FRUSTRADA).

Existe uma que é um problema sério: a insegura. Aaai, mas essa da um trabalho danado. Ela acha que não é capaz, não consegue, não tem inteligência, força, vontade, enfim, faz de tudo para impedir a realização das minhas tarefas. Ah, ela é amiga da preguiça, e as duas vivem no cantinho da reflexão, de castigo.

Ainda bem que do lado dessa, mora a segura. Mas essa, é segura até demais. Acredita que tem capacidade infinita, força infinita, vontade infinita. Trata a vida como um playground onde absolutamente nada é impossível. Quer ser escritora, doutora, famosa, cantora, equilibrista, alpinista e tem certeza que consegue! Ela é FO-DA. Quando se junta com a empolgada, ninguém segura.

Tem ainda a criativa (que passa a perna em todo mundo e gosta de sobressair), a carente, a irônica, a autista.. enfim, são tantas que vou te contar, parece uma creche. Brigam o tempo todo e dois minutos depois estão dividindo a boneca.

Daí um dia, descobri que tenho múltiplas personalidades múltiplas…

QUE BOM!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

O dia que eu matei o cartão de crédito.

Existem alguns dias que para falar a verdade, tenho certeza que são colocados no nosso caminho apenas para divertir a vida alheia.

É tipo aquele que você sai no vento de vestido e volta com a barra na nuca, cai na cantina da faculdade na hora do intervalo, sai do banheiro com a saia presa na calcinha, solta um pum na frente do cliente, ou ainda, da uma de espertinha e acaba com um prejuízo de 40 reais, e ainda sai pensando: bem feito, tonta. Quem manda ser xereta!

Pois é, pois é.

Esse é um daqueles momentos em que você reflete: que diabos eu estava pensando?

São aqueles vácuos intelectuais que temos as vezes, e não conseguimos entender determinadas ações, do tipo se esconder agachada atrás da prima para o chefe não ver (mesmo sendo o dobro do tamanho dela); pular buraco de rua na descida, estando a 60km/h e ralar a bunda ficando manca por uma semana, viajar de carro sem saber dirigir na estrada só por não ter prestado atenção quando o chefe perguntou se já havia pegado a rodovia, e você respondeu que sim, afinal já tinha ido para a exposição, chácara e motel por ela.. e não ter como desmentir depois, porque teria que se explicar; chegar na loja e, por preguiça de voltar depois porque a vendedora não sabe passar o cartão de crédito, dizer: pode deixar que eu passo.. sem ter a mínima idéia de como fazer isso.

Sim, hoje foi o dia que eu matei o cartão de crédito. Aliás, o MEU cartão de crédito.

Pois bem, mas até que deu certo! Com exceção dos 40 reais de imposto acrescentados à fatura por ter sido xereta e passado o cartão errado.

Juro que assim que saí da loja, pensei: "deixa que eu passo..." Deixa que eu passo? Gisele, você não sabe nem passar café direito. Mal sabe passar roupa e vai inventar de passar cartão de crédito?

Agora bem feito, xereta. Daqui a pouco preciso voltar na loja, com cara de paisagem, fingindo que super sei passar cartão de crédito mas né? Essa tecnologia toda ups, engana a gente.

Olha, tomara que o moço não saiba estornar e eu tenha q pagar essa diferença, só pra largar de ser metida a besta.

hunf...

deixa q eu passo..

deixa que eu passo..

Até me lembrou aquela historinha: “num gosdidôce”..

PS: sim, todas as situações citadas acima são verídicas! Podem rir, eu já ri bastante delas também..

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Sim, eu peço!

Peço a Deus que me ensine a amar..
Não amigos, família, gato, cachorro, passarinho ou perereca, mas a amar sentimentos, sonhos e interiores.
Peço a Deus que me ensine a desbloquear..
Não senhas, cofres onde a mãe esconde os doces, logins de e-mails ou cartões de banco (se bem que acabariam com os meus problemas financeiros), mas desbloquear emoções, deixando de sabotar os sentidos que tão bem me fariam.
Peço a Deus que me ensine a dizer não..
Não necessariamente aos amigos folgados, aos colegas pedindo cola ou aos irmãos que insistem em querer a senha do computador, mas às situações onde o sim complica muito mais que o próprio silêncio.
Peço a Deus para me ensinar a aprender..
Não matérias, cretinices ou piadinhas para me enturmar.
Mas a aprender tudo isso que eu peço, e que ele insiste em tentar me ensinar.

PS: Minha mãe não tem cofre, meu irmão não me pede senhas e convenhamos, ninguém quer minhas colas. Então é fato que este texto é uma dedicatória especial para alguém cujo um dia o amor foi tão grande, que esqueceu o que é amar!
E precisa lembrar...

Tenho dito!


terça-feira, 7 de julho de 2009

Vida de recém formado.

Muita gente que termina a faculdade pensa: FODEU.
E realmente, às vezes é isso mesmo que acontece.
Na faculdade funciona assim: no primeiro ano você acha que sabe tudo. No segundo descobre que não sabe tanto assim. No terceiro se convence que realmente sabe tudo e os outros são todos uns animais de teta que não sabem nada. No quarto ano você descobre que o animal de teta é você. Vai se formar e não faz idéia de como trabalhar (isso, claro, para marinheiros de primeira viagem).
Piora quando você começa a trabalhar e descobre que tudo oq aprendeu na faculdade serviu para uma única coisa: "engavetar"!
Precisa aprender tudo de novo, mas da forma como o mercado exige. Aí meu amigo, acaba seu sossego.
Um dia você se acha o dono do mundo, no outro um alienado. No terceiro dia você resolve mudar para São Paulo e trabalhar em uma multinacional. No quarto prefere ficar perto da família, ganhar um pouco menos, mas ser reconhecido. No quinto você pensa: Putz, pq não fiz medicina? No sexto começa a procurar concursos na internet, pq afinal, um emprego público é tudo oq vc sempre sonhou. No sétimo, você, em crise existencial, larga tudo de lado e vai encher a cara em um bar qualquer com os amigos, para relembrar os tempos tranqüilos da faculdade.
Isso quando não tem todas essas fases, em um dia só. Aí acontece aquela fantástica crise de ansiedade, que te faz pensar em 10 coisas ao mesmo tempo, realizar 15, decidir sua vida, a da sua mãe, a do seu irmão e do cachorro, e achar que o mundo está correndo e você não acompanha. Liga a tv, senta com o notebook no colo, assiste todos os noticiários, lê todos os sites que encontrar na frente, se cadastra em todas as redes sociais, assina revistas e compra milhares de livros. Pensa que ao invés de ter perdido tempo brincando de boneca, jogando videogame, tocando a campainha do vizinho e correndo, trocando os tapetes do prédio da sua vó, ou batendo figurinha com os gatinhos da rua, deveria ter feito aquele curso de realidade sócio-econômica política cultural brasileira com ênfase em tecnologia da informação que você precisa agora. E termina dizendo: - Puta merda, que tempo perdido.
Por fim, se convence que daqui em diante, será uma nova pessoa, completamente comprometida com a sua carreira.
É claro que isso não acontece, pq vc vai passar uma semana de ressaca por causa da crise. (sim, ressaca de crise é pior que a de bebida. Pelo menos na de cachaça você sabe que a noite foi boa.)
Aí chegam à sua casa vários livros e revistas. Você nem chega a abrir os pacotes. Vai tomar uma cerveja, assistir um filme com os amigos, e esquece-se de todos aqueles planos mirabolantes de ser o melhor profissional do mundo... Até a próxima crise (que no caso será inclusive pior que a anterior, pq vc vai pensar: puutz, se eu tivesse aproveitado fazer isso naquela época...).
Ééé meus amigos. É complicado.
Por outro lado, se você sai da faculdade com um bom emprego, é outra vida.
Você chega em casa tranqüilo, da uma folgada pq não tem que se preocupar com trabalhos da faculdade, provas e tudo mais.
Liga para os amigos, vai fazer um happy hour, ganha seu dinheiro e gasta com o que quiser, vai viajar no feriado, se sente adulto e dono do seu nariz... até precisar ganhar mais para pagar as contas.
Aí, aquela crise de recém formado surge das cinzas.
E você só pensa uma coisa: FODEU!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

A aposta!

Meu bem, se te incomoda o fato de todos os seus amigos saberem tudo sobre futebol (menos você), acompanharem a novela das oito e discutirem horrores sobre os capítulos (e você perdido por não saber que a magrela com cara de tonta é na verdade a vilã tentando roubar a empresa, o marido, o namorado, a mãe, o cachorro, o gato, o periquito ou qualquer coisa que a princesinha goste, pq afinal nenhuma novela é parecida, então você não tem como saber. #irônica),  falarem sobre os seriados mais assistidos ou os filmes campeões de bilheteria que todos viram, exceto você, eu tenho a solução: APOSTE.
Sim, aposte. Mas prepare-se, seu sossego acaba aqui. 
Ao apostar, você virará fanático pelo campeonato brasileiro, caminho das índias, seriado friends (lost, heroes, ER, ou qualquer coisa do tipo), Wolverine, etc.
Você acordará cedo para assistir as reprises, acompanhará tudo pela internet, assistirá os telejornais e ligará para os amigos na madrugada só para comentar que está prestes a ganhar a aposta.
E nem precisa ter apostado algo muito vantajoso. O legal mesmo é ganhar.
Certo dia um amigo me disse que aposta só é legal quando envolve comida ou bebida.
Eu fico imaginando o quão trágico seria uma aposta feminina assim.
Talvez fosse: quem perder deverá comer 3 pizzas, tomar 5 milkshakes e não poderá malhar por uma semana. 
Pronto. A pobre garota além de engordar 50kg da noite para o dia (acreditem meninos, isso acontece), se infestar de celulites na parte traseira do seu corpinho recheado de gordura saturada e desenvolver um mapa hidrográfico branco que vai da cintura até o pé, cai em depressão e acaba com as chances de arrumar um namorado naquele ano.
Mas ainda pior que a aposta envolvendo comida e bebida, é aquela que mexe com o time de futebol. Como por exemplo: se você perder, deverá escrever na perna bem grande "COXA" e tirar uma foto com a camisa do coritiba, colocar no orkut e deixar por uma semana. Se eu perder, configuro todo o meu orkut com as coisas do internacional.
Éééé meu amigo, esse é o tipo de aposta que também deixa a pessoa em depressão. 
Neste caso não sei o que seria pior: a comida ou o time do coração abandonado por uma semana. Mas a única vantagem que posso constatar é: Prezinha, pelo menos não acabei com as suas chances de encontrar um namorado!
Agora saia dessa depressão verde e pense colorado! 
E da próxima vez, que tal apostarmos dinheiro!? 
Me parece uma idéia melhor... hahaha

Tenho dito!